domingo, 14 de março de 2010

Sobre carência e outras coisas


por Priscila Ferreira em Diário de Uma Pós-Adolescente


Estar solteira tem lá suas vantagens e desvantagens.
Dentre as desvantagens uma delas é que depois de um tempo a carência começa a bater à nossa porta dizendo que veio para nos fazer tomar algumas atitudes, sejam essas atitudes boas ou ruins.
Tem gente que consegue lidar muito bem com a carência e gente que fica meses, e às vezes até anos sem ninguém numa boa.
Pessoas que não namoram, não engatam nem um tipo de relacionamento um pouco mais duradouro… Pessoas que até dão um beijinho ou outro de vez em quando e não se sentem mal por isso.
Mas sei lá porque cargas d’água a grande maioria de nós, sapas, fanchas, lésbicas ou qualquer outra denominação cabível aqui, somos mais carentes do que o resto da população mundial. Tá pode até não ser, mas o fato é que antes ou durante o período “vermelho” do mês a gente fica chatinha e toda cheia de #mimimi’s - twitter, oi? - fatores que aumentam consideravelmente a carência. Pelo menos no meu caso está aumentando.
Pensamentos do tipo: “Por que todo mundo namora e eu não?” “Será que vou encontrar minha cara metade?” “Por eu não encontrei ninguém?” Assolam a mente das solteiras. E no caso das casadas: “Será que ela me ama?”, “Será que ela ainda me quer?”, “Será que ela é feliz ao meu lado?” entre outras muitas questões.
E estando carentes a chance de fazer alguma “merdinha” aumenta. Você pode até estar solteira numa boa, mas bate a carência você precisa porque precisa de um corpo, um alguém que te ligue, um alguém que se envolva contigo. Muitas vezes a gente só quer se apaixonar, mas paixão não é um botãozinho que você liga e desliga quando bem entende.
Pode ser a melhor pessoa do mundo, mas faltou paixão, minha amiga, você sempre vai sentir falta de algo… E começar um relacionamento sem paixão é furada. Pelo menos assim logo no começo é. Principalmente porque essa tal da paixão, que não é um botão que liga e desliga te ajudar a relevar os defeitos que todo mundo tem…
Outra merdinha passível de acontecer é alguém se apaixonar por você e você achar que se apaixonou também e no fim perceber que era só carência…
Uma vez me disseram que carência é algo que dá e passa… Assim como passam as vontades, que vem, vão e que às vezes voltam no outro dia.
Carência às vezes também dá ressaca moral. Você sai afim de “pegar” - odeio essa um broto, e no outro dia acorda se sentindo a pior pessoa por ter ficado por ficar, por ter ido pra cama/carro/escadaria/banheiro/qualquer-lugar-que-dê-pra-fazer-sexo. Ou não.
Mas enfim, passado o período “vermelho”, tudo tende a melhorar. Quando o assunto é coração a melhor receita é não preocupar e deixar a “vida te levar”…

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